segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Em Bragança, patrimônio histórico está abandonado

É lastimável a condição em que se encontram três prédios públicos que fazem parte do centro histórico de Bragança: a Escola Monsenhor Mâncio, o Palacete Augusto Corrêa e a Casa da Cultura, patrimônio público saqueado e transformado em antro de marginais.
A falta de vigilância fez com que essas edificações fossem invadidas, sem qualquer coação por parte da Guarda Municipal em proteger o patrimônio tradicional da cidade que completará 400 anos em 08 de julho de 2013.
Gilberto Oliveira, secretário municipal de Planejamento, explicou que a Prefeitura Municipal de Bragança vem tomando providências para que os três referidos prédios sejam restaurados, já tendo projetos aprovados nos ministérios, através do PAC Cidades Históricas, no entanto tem encontrado dificuldades para a liberação das verbas. “Alguns projetos precisaram de ajustes após serem apresentados, o que gerou um certo atraso no processo. Porém as ratificações foram feitas e estamos aguardando por bons resultados”, justificou Gilberto Oliveira. Ao ser questionado em relação ao compromisso da Guarda Municipal em garantir a segurança do patrimônio de Bragança, que foi destruído por negligência do Poder Executivo, o secretário não respondeu.
O primeiro desses três prédios a ser destruído foi a Casa da Cultura, onde funcionava a biblioteca pública e existia o único teatro do município. Após a mudança, o prédio da Casa da Cultura foi fechado e ficou sem qualquer vigília, sendo inteiramente saqueado, sem que restasse nem o telhado.
Em 2009, os alunos do Mâncio Ribeiro, escola que fica no Centro, foram transferidos para o prédio do extinto CAIC, no bairro do Trevo. A partir de então, o antigo palacete foi abandonado e além de exalar fezes, tornou-se um antro para o consumo de drogas. “Eu trabalhei aqui neste prédio por 28 anos. Me dói ver o que deixaram fazer aqui. Se não tinha dinheiro para recuperar tudo, mas que pelo menos colocassem alguém pra vigiar e impedir que roubassem tudo” lamentou a servente Maria da Graça de Jesus Melo.
O telhado e estrutura do palacete Augusto Corrêa estão completamente comprometidos e os danos estão começando a tomar conta da fachada, onde muitas vidraças já foram quebradas e o mato começou a crescer nos frisos de alvenaria. (Diário do Pará)

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