sexta-feira, 15 de junho de 2012

Audiência pública discute violência contra idosos no Pará


Em 2012 já foram registradas 60 denúncias de maus-tratos. O evento marca o Dia Mundial de Combate à Violência Contra ao Idoso.

Uma audiência pública para discutir questões relacionadas à violência contra idosos será realizada na próxima sexta-feira (15), em Belém. A reunião tem como principal objetivo sensibilizar a sociedade civil sobre as mais diversas formas de violências que as pessoas idosas sofrem em seus lares, nas instituições ou nos espaços públicos. O evento marca o Dia Mundial de Combate à Violência Contra a Pessoa Idosa. 

De acordo com a antropóloga, Ana Beatriz Sarmento, “é preciso formar uma consciência para denunciar e romper com esse ciclo de violência e proteger nossos idosos". Segundo ela, geralmente a violência contra o idoso ocorre em contexto familiar. A antropóloga acredita que a audiência servirá como um alerta à população.
Ana Beatriz avalia que quando algum idoso sofre uma violência, a tendência é de que eles se remetam ao silêncio, principalmente se os crimes forem cometidos por familiares. "Em muitos casos, os pedidos de entrada em lares para idosos são feitos por pessoas ainda autônomas. Há idosos que são internados, por exemplo, na sequência de uma doação forçada dos seus bens patrimoniais", alerta a antropóloga, defendendo a obrigatoriedade de um termo de consentimento para evitar internações forçadas.
Dados da Polícia Civil mostram que, de 19 de dezembro de 2011 até esta quinta-feira (14), a Delegacia do Idoso na capital paraense registrou 60 denúncias de maus-tratos. Informações do Ministério Público do Estado mostram que, em 2011, o órgão recebeu 170 casos de violência contra o idoso em Belém.
Segundo a assessoria da Fundação Papa João Paulo XXIII (Funpapa), atualmente Belém conta com dois centros de referência especializados em assistência social que atendem a terceira idade. De acordo com a Funpapa, a instituição realiza o acompanhamento psicossocial das vítimas, encaminhando os idosos às unidades de saúde quando necessário. A Funpapa também informou que realiza atividades físicas e socioeducativas, e que, atualmente, atende cerca de 500 idosos em situação de vulnerabilidade. g1pará

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